13 May 2019 19:12
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<p>Minha morte ocorreu de repente. Nós recebemos convidados pra festa de Ano-Novo, e passamos a noite conversando, cantando, ouvindo música e comendo. Brindamos o ano de 2013 em torno da Televisão, investigando a contagem regressiva para a meia-noite. Eu adorei aquele instante mágico, entre o último segundo do ano velho e o primeiro do novo: a pausa microscópica entre o passado e o futuro, as perspectivas e expectativas.</p>
<p>Mais tarde fui deitar, cheia de celebração e alegria. Na manhã seguinte, o clima ainda era festivo. O dia estava bonito. Era inverno, com um pouco de neve. Fomos doar uma volta pelo rio, perto de moradia. Nós morávamos numa grande cidade dinamarquesa, um espaço ótimo. Tínhamos comprado a moradia alguns anos antes, logo antes do nascimento do nosso primeiro filho, Daniel. Queríamos mais espaço e um quintal. No tempo em que estávamos andando na margem do rio, eu senti muito gelado.</p>
<p>Meus braços e pernas ficaram dormentes e pesados. Fui ficando pra trás e tentei obter minha família, mas não consegui. Tentei chamar Peter, meu marido, entretanto senti que não tinha fôlego. Mesmo assim, não dei credibilidade. Toda gente fica meio cansado no dia seguinte ao Réveillon. CUIDADOS COM O CABELO PRETO! BRILHO E FORÇA! , e continuei sentindo gelado. Fui direto tomar uma ducha quente de banheira. Entretanto não conseguia me aquecer.</p>
<p>Saí do banho tremendo. Deitei na cama e chamei o Peter. “Pode agarrar uns cobertores, por gentileza? “Tudo bem com você? Eu não respondi. Peter fez uma cara preocupada durante o tempo que me cobria. “Continuo morrendo de frio”, eu alegou. Meus dentes batiam, e meus braços e pernas tremiam. Pedi que Peter apagasse a claridade. Minha temperatura continuou a cair conforme as horas, que pareciam dias, iam passando. Entretanto aí a febre bateu. Fiquei deitada ali, tremendo de frio e de calor. Meus pensamentos começaram a ficar abalados.</p>
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<p>Será que amanhã era dia de faculdade? Eu queria levantar e fazer o lanche das gurias. Comecei a vomitar muito. “Rikke, eu irei chamar o médico”, Peter argumentou. O médico veio até nossa residência. “É a gripe. Toda gente está pegando. Você vai permanecer bem”, ele me argumentou. Como Alisar O Cabelo Obviamente Tamiflu não fez nenhuma diferença.</p>
<p>Na manhã, meu vômito ficou escuro e Mascara Pra Hidratar A Pele Do Rosto: Medicamento Caseiro . Eu não conseguia misturar a cabeça até o balde. Alguns minutos depois, duas ambulâncias chegaram. Paramédicos corriam pela residência, gritando, empurrando móveis, estavam nesse lugar pra salvar uma vida. Eu não Como Preencher Formulario DS160 transportando meu organismo. Eu estava indo mesmo que. Meu coração desacelerou. Até que ele parou.</p>
<p>Eu estava clinicamente morta. Não vi nada. Nada de luminosidade no fim do túnel, anjos, harpas. Nada de Paraíso, nem Inferno. Nada. Estar morto é exatamente isso. Você some. É claro e apavorante desta forma. Me colocaram em uma cama da UTI, isolada de todos os outros pacientes. Meus pais, minha irmã, Peter e os pais dele estavam lá. Um médico foi discutir com eles.</p>
<p>Minha irmã, Peter me descreveu depois, foi a primeira a expressar. “Eu só aspiro saber uma coisa. Ela ainda vai estar nesse lugar amanhã? ” “Nós não sabemos”, respondeu o médico. Meu corpo estava em choque séptico, e tinha começado a se autodestruir. Imensos coágulos de sangue estavam explodindo dentro de mim, como pequenos fogos de artifício, e as veias menores começaram a vazar.</p>
<p>Meu organismo estava inchado, com quase vinte quilos a mais; minhas mãos, pés e nariz estavam ficando pretos. Meu rosto e o resto do organismo estavam roxos, azuis, vermelho-escuro, como num mosaico. Eu estava em coma profundo. Os médicos suspeitavam que eu tivesse uma infecção bacteriana, porém era só um palpite.</p>